Não é estar “sempre a bater na mesma tecla”, mas quando estou especialmente interessado num certo autor ou artista (por motivos de ter lido algo que me tenha agradado muito), tenho a tendência para me entrosar nas suas obras até me fartar e então mudar de ares. Neste caso mato dois coelhos com uma cajadada só.
Em posts anteriores já tinha feito um perfil de ambos os intervenientes responsáveis pela criação desta pequena obra-prima hard-boiled – Warren Ellis e Ben Templesmith – por tal apenas vou-me debruçar no personagem e sua estória.Richard Fell é um Detective que por razões ainda por apurar, mas que não foram as melhores, viu-se exilado numa zona muito bera, Snowtown, da grande cidade (que não é especificada). A imagem “o outro lado da ponte” é uma constante para lhe fazer lembrar, e a nós também, de uma outra vida com certeza mais glamorosa do que esta que agora vive. Richard Fell, qual Dante, explora e esmiúça este Inferno que é “o outro lado da ponte”, vivendo situações de intenso perigo pessoal. Incorporado numa esquadra desfalcada de operacionais – 3 homens e meio – e comandada por um Capitão que, ridiculamente, acredita nas artes mágicas como forma de ver resolvidos os infindáveis casos que afogam a dita esquadra – tal é o desespero que transformou o comandante num alucinado consumidor de barbitúricos – o nosso anti-herói aparece como um reforço de luxo mas ainda pouco acreditado como tal.
O traço do Ben Templesmith é também personagem principal, ao criar um cenário tão sombrio que por si só descreve o buraco deprimente e perigoso que é aquela parte da Cidade. Warren Ellis escreve short-stories nas quais, em cada uma, constrói o carácter dos personagens e dá-nos um caso policial com princípio meio e fim; cada um mais estranho e improvável do que o anterior e onde a máxima do Detective Richard Fell se aplica muito bem: “toda a gente esconde alguma coisa”.
É um reviver dos policiais negros da década de trinta muito adaptado à realidade actual e mais obscura que se poderia encontrar; o estilo Hard-Boiled no seu melhor. Editado em TPB, com capa alternativa (imagem abaixo), pela Image faz agora um ano, contém oito pequenos contos, perfazendo um total de 128 páginas de muito boa – arrisco: excelente – literatura bedéfila.
Em posts anteriores já tinha feito um perfil de ambos os intervenientes responsáveis pela criação desta pequena obra-prima hard-boiled – Warren Ellis e Ben Templesmith – por tal apenas vou-me debruçar no personagem e sua estória.Richard Fell é um Detective que por razões ainda por apurar, mas que não foram as melhores, viu-se exilado numa zona muito bera, Snowtown, da grande cidade (que não é especificada). A imagem “o outro lado da ponte” é uma constante para lhe fazer lembrar, e a nós também, de uma outra vida com certeza mais glamorosa do que esta que agora vive. Richard Fell, qual Dante, explora e esmiúça este Inferno que é “o outro lado da ponte”, vivendo situações de intenso perigo pessoal. Incorporado numa esquadra desfalcada de operacionais – 3 homens e meio – e comandada por um Capitão que, ridiculamente, acredita nas artes mágicas como forma de ver resolvidos os infindáveis casos que afogam a dita esquadra – tal é o desespero que transformou o comandante num alucinado consumidor de barbitúricos – o nosso anti-herói aparece como um reforço de luxo mas ainda pouco acreditado como tal.
O traço do Ben Templesmith é também personagem principal, ao criar um cenário tão sombrio que por si só descreve o buraco deprimente e perigoso que é aquela parte da Cidade. Warren Ellis escreve short-stories nas quais, em cada uma, constrói o carácter dos personagens e dá-nos um caso policial com princípio meio e fim; cada um mais estranho e improvável do que o anterior e onde a máxima do Detective Richard Fell se aplica muito bem: “toda a gente esconde alguma coisa”.
É um reviver dos policiais negros da década de trinta muito adaptado à realidade actual e mais obscura que se poderia encontrar; o estilo Hard-Boiled no seu melhor. Editado em TPB, com capa alternativa (imagem abaixo), pela Image faz agora um ano, contém oito pequenos contos, perfazendo um total de 128 páginas de muito boa – arrisco: excelente – literatura bedéfila.
9 comentários:
Nunca li o Hard Boiled... mas tenho a certeza que é uma boa obra, tanto pelos autores em questão, como pelas opiniões unãnimes das pessoas que leram, e eu sei que há qualquer coisa em Português. Se se proporcionar faço-me a essa obra!
O Hard-Boiled que falas é constituído por dois álbuns editados em Português pela Meribérica. É um Hard-Boiled um bocadinho atípico devido à violência "shoot e'm up" que abunda; mas sem dúvida é um hard-boiled, pois o Frank Miller e Geof Darrow são mestres no género, embora quisessem, de alguma forma, levar o estilo a uma outra plantaforma. Não servirá de exemplo ao estilo "nú e crú".
Completamente fora do contexto, venho dar-te mais uma sugestão para gastares mais dinheiro na Amazon.com hehe
Procura "complete death" e baba-te com o primeiro resultado que aparecer;)
Só sai em 2009, mas já tinha feito a pre-order! Agradeço-te à mesma, claro, pois é um HC de luxo imperdível!
naturline, bem-vindo(a) e muito obrigado pelas tuas palavras. Volta sempre e deixa os teus comentários; se preferires fazê-lo no teu idioma de origem, tudo bem!
LOL refém esse naturline só pode ser spam. Está em todos os blogs sobre BD com a mesma mensagem. É melhor não clicar no nome:\
Só eu é que me deixo levar por um auto-tradutor!!! LOOL!
Warren Ellis a escrever histórias obscuras é sempre algo a não perder. Um dia destes tenhod e ler isto.
Abraço
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