
A DMZ é, em linguagem de segurança de informação e também informática, a sigla para “zona desmilitarizada” (no original: DeMilitarized Zone). Resumidamente, a DMZ – também apelidada de “Rede de Perímetro” – é uma pequena zona/rede que se encontra entre uma zona/rede segura e outra que não o é (Ex: Rede local e Internet na informática; território controlado e território inimigo na linguagem de segurança de informação). A função de uma DMZ é manter um espaço de contenção e manobra que limita e delimita potenciais danos provocados por um qualquer comportamento agressivo por parte de um potencial invasor. Também é conhecida por "terra de ninguém".
DMZ é também uma excelente série de comics da responsabilidade do autor independente Brian Wood (na foto) e do artista Riccardo Burchielli (não consegui arranjar foto). O primeiro, Norte-Americano, é já, de certo modo, um veterano de créditos firmados como “criador” de comic series independentes (ex. “Local”), também ilustrador e artista em várias séries de muito sucesso; O segundo é Italiano e estreia-se nos EUA com esta série, no entanto já com algum trabalho feito na Europa (ver
http://ricxx.blogspot.com/). Neste momento já estão disponíveis 4 TPBs da série e brevemente o quinto também estará disponível.
O autor espera que a série consiga atingir os 60 números.
A história decorre em Nova York num hipotético futuro próximo. As tensões provocadas pela constante e crescente ingerência do executivo Norte-Americano nos assuntos de outros países, e

por conseguinte ter menos do orçamento de estado para investir no próprio país, eclodirão numa insatisfação quase que generalizada na população. O facto de estarem presentes em vários palcos de guerra viva, os EUA desprotegeram-se internamente ao terem reduzido drasticamente o número de efectivos da
Guarda Nacional. Este facto criou oportunidades às milícias patrióticas da zona centro dos EUA a ganharem força politica e com isto conseguirem

arrastar consigo as populações dos estados adjacentes e mais moderados numa revolta. Estes acontecimentos precipitaram-se num conflito grave que degenerou numa segunda guerra civil americana. A série, à medida que vai decorrendo, irá explicar estas nuances políticas, descrevendo também as movimentações bélicas de ambos os exércitos envolvidos (por vezes com inconsistência, típico da desinformação existente num palco de guerra). Tudo isto culminará num impasse, onde ambas as forças antagonistas já não conseguem se sobrepor. Divididas pela ilha de Manhattan, as duas forças aguardam um respectivo desenlace favorável. Manhattan é a DMZ.
Em Manhattan apenas ficaram os pobres, os vagabundos e os

remediados que não tinham possibilidades para onde ir; de uma população de 1,5 milhões ficaram 400.000. O autor assume paralelismos aos acontecimentos vividos pela população da cidade de New Orleans após o furacão Katrina, dos acontecimentos vividos pelas tropas sitiadas no Iraque em Fallujah e no filme do John Carpenter “Escape from New York”.
O protagonista é um jovem fotógrafo estagiário, Matthew Roth, que, vitima das circunstancias, vê-se preso na DMZ após a equipa que acompanhava ter sido massacrada por snipers. Embora inexperiente como profissional e ingénuo por ser ainda jovem, torna-se de facto no único jornalista dentro da DMZ e começa a reportar o quotidiano duro e arriscado dos remanescentes habitantes de Manhattan acompanhado por um deles, Zee Hernandez, uma jovem estudante de medicina.