Na Marvel iniciou-se no efémero título Hellstorm: Prince of lies em 1994, mas foi com a série Excalibur que Ellis mais se notabilizou. Também trabalhou para a DC, para a Caliber e para a Image Wildstorm onde o seu Gen13 foi um sucesso e que acabou, por sua vez, nas mãos da DC. Em 1999, a série Planetary, com os fantásticos desenhos do John Cassaday, atingiu também níveis de sucesso elevados; também é de referir a série Authority. Mais trabalhos do Ellis mereceriam aqui destaque, em especial os mais recentes no main-stream, mas o que me trouxe essencialmente a este post foi uma série que apesar de já “antiga” ainda merece muito destaque:
TRANSMETROPOLITAN! Esta série iniciada em 1997 pela mão da DC Helix inprint, mas com os direitos pertencentes ao autor, começou com três comics, tendo depois passado para a Vertigo que a levou até ao seu fim em 2002. A estrela da série é um jornalista mucho loco de uma América do Norte futurista e muito distorcida: Spider Jerusalem. O início da estória apresenta o personagem guedelhudo com fortes parecenças ao Alan Moore na sua fase eremita (será que é uma homenagem?!). O humor negro e sarcástico misturado com doses elevadas de loucura, misturado numa fauna inserida num futuro completamente distópico, preenchido por humanos farmo-geneticamente e electro-mecanicamente alterados criam um cenário digno de se ver. Desenhado pelo Darick Robertson, é um must-read para quem gosta de fugir um bocado ao main-stream e se delicia com argumentos mais negros.
Reeditados, por várias vezes, em TPB, são 10 números mais um número 0 (que deverá ser lido em último lugar). O primeiro TPB, apesar de poucas páginas (só tem 3 dos 60 comics publicados) tem um papel muito bom; infelizmente os seguintes não tiveram a mesma sorte, o papel é semelhante ao apresentado na série Hellblazer/Constantine, o que faz perder um bocado a cor e a luz sumptuosa que supostamente deveria apresentar…o que é uma pena! No entanto, eu aconselho-o veementemente.
Com este post encerro o Mês de Abril…13 dava azar :-) … o primeiro de, espero, muitos mais meses de posts onde partilho o meu gosto por esta fine art.