terça-feira, 22 de julho de 2008

SAN DIEGO COMIC CON


COMEÇA HOJE! e eu não vou lá estar...Não é um post, apenas um "lembrete" para os poucos mas bons que lá me vão fazendo o favorzinho de acompanhar este blog. Mesmo estando eu de férias, não quero deixar escapar o momento para publicitar o maior e mais expectacular evento sobre Comics no Mundo, a Convenção Anual de Comics de San Diego, California. Começa hoje, com uma noite especial para visitantes previamente registados e durará até ao dia 27 deste Mês. Quem lá intencionar ir (agora já é tarde) poderá contar em perder (completamente) a cabeça e se não levar uma carteira recheada, acabará por voltar para casa a pensar que deveria não ter pago a conta da luz nos passados quatro meses e que comer não teria sido preciso por período igual de tempo. Também é obrigatório ler bem o extenso programa para levar aquele Comic que gostariam mesmo de ver assinado ou/e com um "costumized" sketch, isto para não falar da enorme possibilidade de trazer "original art" a tuta-e-meia, ou mesmo a custo zero. Em termos dimensionais será dificil descrever o espaço...estão a ver a Amadora? Pois...não tem nada a ver! Igual ou mesmo maior, talvez só mesmo em Angoulême (e eu não saberia, pois nunca lá estive; apenas pelos relatos de outros).
Bem...vão até ao fim deste blog e têm lá o link para a SDCC e respectivos high-lighted events. Ponham o babete.

quarta-feira, 2 de julho de 2008

DMZ

A DMZ é, em linguagem de segurança de informação e também informática, a sigla para “zona desmilitarizada” (no original: DeMilitarized Zone). Resumidamente, a DMZ – também apelidada de “Rede de Perímetro” – é uma pequena zona/rede que se encontra entre uma zona/rede segura e outra que não o é (Ex: Rede local e Internet na informática; território controlado e território inimigo na linguagem de segurança de informação). A função de uma DMZ é manter um espaço de contenção e manobra que limita e delimita potenciais danos provocados por um qualquer comportamento agressivo por parte de um potencial invasor. Também é conhecida por "terra de ninguém".

DMZ é também uma excelente série de comics da responsabilidade do autor independente Brian Wood (na foto) e do artista Riccardo Burchielli (não consegui arranjar foto). O primeiro, Norte-Americano, é já, de certo modo, um veterano de créditos firmados como “criador” de comic series independentes (ex. “Local”), também ilustrador e artista em várias séries de muito sucesso; O segundo é Italiano e estreia-se nos EUA com esta série, no entanto já com algum trabalho feito na Europa (ver http://ricxx.blogspot.com/). Neste momento já estão disponíveis 4 TPBs da série e brevemente o quinto também estará disponível. O autor espera que a série consiga atingir os 60 números.

A história decorre em Nova York num hipotético futuro próximo. As tensões provocadas pela constante e crescente ingerência do executivo Norte-Americano nos assuntos de outros países, e por conseguinte ter menos do orçamento de estado para investir no próprio país, eclodirão numa insatisfação quase que generalizada na população. O facto de estarem presentes em vários palcos de guerra viva, os EUA desprotegeram-se internamente ao terem reduzido drasticamente o número de efectivos da Guarda Nacional. Este facto criou oportunidades às milícias patrióticas da zona centro dos EUA a ganharem força politica e com isto conseguirem arrastar consigo as populações dos estados adjacentes e mais moderados numa revolta. Estes acontecimentos precipitaram-se num conflito grave que degenerou numa segunda guerra civil americana. A série, à medida que vai decorrendo, irá explicar estas nuances políticas, descrevendo também as movimentações bélicas de ambos os exércitos envolvidos (por vezes com inconsistência, típico da desinformação existente num palco de guerra). Tudo isto culminará num impasse, onde ambas as forças antagonistas já não conseguem se sobrepor. Divididas pela ilha de Manhattan, as duas forças aguardam um respectivo desenlace favorável. Manhattan é a DMZ.

Em Manhattan apenas ficaram os pobres, os vagabundos e os remediados que não tinham possibilidades para onde ir; de uma população de 1,5 milhões ficaram 400.000. O autor assume paralelismos aos acontecimentos vividos pela população da cidade de New Orleans após o furacão Katrina, dos acontecimentos vividos pelas tropas sitiadas no Iraque em Fallujah e no filme do John Carpenter “Escape from New York”.
O protagonista é um jovem fotógrafo estagiário, Matthew Roth, que, vitima das circunstancias, vê-se preso na DMZ após a equipa que acompanhava ter sido massacrada por snipers. Embora inexperiente como profissional e ingénuo por ser ainda jovem, torna-se de facto no único jornalista dentro da DMZ e começa a reportar o quotidiano duro e arriscado dos remanescentes habitantes de Manhattan acompanhado por um deles, Zee Hernandez, uma jovem estudante de medicina.